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Jurado de morte, polícia investiga se execução de ex-campeão brasileiro de fisiculturismo tem relação com tráfico de drogas

A Polícia Civil de Botucatu (SP) investiga se o assassinato do ex-campeão brasileiro de fisiculturismo, Eustácio Batista Dias, tem ligação com dívidas por tráfico de drogas. O crime, ocorrido dentro de uma academia nesta terça-feira (17), foi registrado por câmera de segurança.

As investigações descobriram que o atleta, de 27 anos, foi preso duas vezes por tráfico de drogas. Natural da Bahia, Eustácio teria, inclusive, vindo para o estado de São Paulo após ter sido “jurado de morte” no seu estado natal.

“Tem o histórico da vítima com o envolvimento com o tráfico de drogas desde Teixeira de Freitas, na Bahia, onde foi preso. Lá, ele também estava ‘jurado de morte’, o que a própria esposa dele nos informou. Quando veio para São Paulo, também foi preso em flagrante por tráfico”, conta o delegado seccional de Botucatu, Lourenço Talamonte Neto.

A primeira prisão por tráfico ocorreu em junho de 2021, na Bahia. Na ocasião, o fisiculturista foi flagrado dentro de um veículo ao lado do irmão com três porções de maconha, nove papelotes de cocaína, quatro aparelhos celulares e a quantia de R$ 2,4 mil em espécie. No estado, ele também foi preso por receptação e era investigado por furto.

Na segunda detenção por tráfico, já no estado de SP, Eustácio foi preso com mais de 4 quilos de cocaína na capital paulista. Ele ficou preso por nove meses e, após ser solto, veio para Botucatu onde morava há pouco mais de um ano, de acordo com o delegado Lourenço Talamonte Neto.

“Por esse histórico dele de envolvimento com o tráfico, acreditamos que tenha sido esse o motivo, essa cobrança de ter sido executado”, pontua o delegado.

A execução
Eustácio Batista Dias, campeão nacional na categoria Men’s Physique Júnior, em 2018, e influencer digital do mundo fitness treinava no local quando foi morto a tiros por dois homens. A vítima chegou a postar nas redes sociais fotos dela na academia momentos antes do crime.

Uma câmera de segurança da academia, que fica na Avenida Gastão Del Farra, em Botucatu, registrou o momento em que os criminosos entraram armados e executaram a vítima – de camisa vermelha no vídeo.

Nas imagens, é possível ver quando um dos criminosos mirou na vítima, ele atinge outra pessoa. O homem que foi atingido é o dono da academia. Amilton Prando Moreira foi baleado na perna, onde o projétil ficou alojado e ele precisou passar por duas cirurgias. O instrutor e dono da academia permanece internado no Hospital das Clínicas de Botucatu.

Após ser baleado, o atleta de fisiculturismo caiu no chão e continuou sendo alvejado pelos criminosos, que fugiram do local após o assassinato. Uma câmera de segurança também registrou os dois chegando e saindo da academia.

A ação dos suspeitos, que executaram o atleta em meio à presença de outras pessoas, faz a polícia acreditar que os criminosos não sejam da região de Botucatu.

“Os dois não se preocuparam em esconder o rosto. Acreditamos que eles não são daqui de Botucatu, mas estamos analisando essas imagens para buscar informações e poder identificar os dois autores do crime”, afirma o delegado.

Equipes da Polícia Civil e Militar estiveram na academia. Até a última atualização desta reportagem, duas pessoas foram levadas à delegacia, onde foram ouvidas e liberadas. Ninguém foi preso.

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